quarta-feira, outubro 12, 2005

Faleceu mais uma pessoa querida hoje. Uma senhora distintíssima, e uma cristã fiel. Teve uma longa luta contra o câncer, lutou com serenidade. Tombou hoje, descansou enfim.
Ando meio preparado para o pior, desde que minha mãe adoeceu também. Ela está muito bem agora, mas desde que a morte começou a rondar nossa casa, não tivemos muito descanso. Há um não-sei-quê que ronda nossos pensamentos, tenho saudade do tempo em que não me preocupava com nada disso.
Ter alguém seriamente doente por perto dá uma chacoalhada no dia-a-dia, e mudou minha maneira de ver meus pais. Quem tem pais um pouco mais idosos deve compartilhar o que sinto: que são frágeis, como nunca pensei que pudesse sentir. Passo sempre por lá; estão sempre bem, cuidando da vida - meu pai ainda trabalha até - mas tenho que me certificar de que não falta nada, mesmo que eles façam ainda suas compras e provisões.
São completamente independentes, acabo não os ajudando em nada rotineiramente, mas não baixo a guarda.
Pra falar a verdade, gosto de desempenhar este papel, eu acho. Estou pensando estas coisas agora mesmo enquanto escrevo, mas devo dizer que acho um privilégio estar por perto e poder ajudar no que puder. Nem gosto de pensar na responsabilidade de estar à altura do que eles fizeram por mim até hoje, mas acho que o bom Deus vai me capacitar.

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