quarta-feira, agosto 09, 2006

Um canal de comunicação engraçado este aqui. Às vezes penso em ser mais rápido, econômico, telegráfico e, com um pouco de sorte, engraçado ao postar, por pensar que seria isso que o veículo exigiria. Ao mesmo tempo, hesito em ser confessional, porque:
1) Could be boring. My life is not that interesting
2) Could be dangerous. You never know what kind of creep could be lurking around, taking note of other peoples' daily lives.
Mas acabei de ler um blog só de texto - e esta é outra pequena fraqueza deste: de vez em quando posto alguma foto ou figura pra tornar o texto mais "palatável". Pois bem, o tal blog tem só texto, e é interessantíssimo. Foi uma lição. Ou, sendo mais honesto, pode ter sido um abrir de olhos, porque se não consegui fazer o mesmo até agora com este, talvez só me reste fazer textos curtos, e tentar por algum humor nos posts para levar a coisa adiante.
O bom é que isto não é um grande dilema, desses que torturam a alma. Só dá uma vontadezinha de saber fazer o mesmo, mas acho que essa fluência toda, e a capacidade de escrever algo que as pessoas queiram continuar a ler (até perdi hora hoje lendo o dito-cujo) é um dom inato. E raríssimo.
Nunca dei muita importância a esta história de dom para a escrita, estilo literário. Sempre achei um pouco de frescura (pronto, falei), e achava chato resenha literária na escola. Pior ainda é essa história de cineasta fazer filme sobre um diretor em crise, ou um escritor escrever algo sobre um escritor - o ato de se virar sobre o próprio umbigo, como estou fazendo agora ao escrever isto. Desculpa para falta de criatividade. Mas a experiência de hoje me fez pensar, e com um pouco de coragem (e paciência dos leitores), penso que poderia tentar escrever coisas menos telegráficas. E ver se vocês não caem de sono na frente de suas telas, hoho.
A propósito, o autor do blog tem um português corretíssimo, e isso é realmente inegociável. Uma falha minha, mas acho que nem quero consertar, é que não tenho paciência com o português - falado ou escrito - em que as pessoas estropiam a sintaxe e usam essas muletas linguísticas como "a nível de" ou gerundismos.

Nenhum comentário: