sexta-feira, março 02, 2007


Acho que sou razoavelmente estóico. Já rompi um ligamento do tornozelo e voltei dirigindo para casa; já aguentei quase 5 horas de tatuagem em ambas as pernas (na semana passada) sem pedir pra parar; já quebrei um dedo combatendo e não abandonei o tatami até o final do treino. Aliás eu ficava com o indicador pra cima pra não inchar, ajoelhado ao lado dos outros alunos na beirada do tatami, e a toda hora o treinador me chamava pra combater de novo, achando que eu estava pedindo pra lutar.

Mas ontem eu tive uma febre por (rota)vírus e vi a viola em cacos, como dizia meu avô. Achei que tinha contraído o H5N1, como os patos da foto acima (Reuters). Quem me conhece um pouco melhor deve estar dando uma risadinha agora, lembrando de minha notória hipocondria. Mas acho que todo médico tem um pouco disso.

E hoje descobri que estou com uma bursite no cotovelo, vejam só. Já faz alguns dias que tenho uma dor fulgurante quando apóio a ponta do cotovelo dobrado na minha mesa de exame - movimento que repito umas quinhentas vezes por dia. O ortopedista que me atendeu, sem que eu perguntasse, já foi anunciando que isto pode tornar-se crônico, requerer fisioterapia prolongada, punção para drenagem do líquido e, last but not least, cirurgia. Só fiquei sabendo que a bursite pode também sarar sem deixar qualquer seqüela quando eu mesmo fiz essa pergunta, quase aos prantos.

Aguardem cenas dos próximos capítulos.

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