sábado, dezembro 22, 2007


Então, vi ontem na BBC que um grupo de Cingapura quer comprar uma parte do banco suíço UBS. E parece que por trás do negócio estaria também um membro da família real saudita, o que suscitou protestos dentro do banco. Não sei porque, mas duvido que o preconceito esteja fora disto. Estava vendo agorinha mesmo uma reportagem sobre a dificuldade de se produzir noticiário sobre o mundo árabe para o ocidente, e ficar livre de qualquer viés - presente, também, nas idéias dos entrevistados daquela parte do mundo contra o ocidente.
Sou definitivamente fruto de um mundo não globalizado, e aprendi mais sobre os árabes com o Hergé do que com a BBC, pra ficar no exemplo. O pobre fazia um retrato fiel da idéia que muita gente no ocidente tinha sobre aquele povo - o que vemos em seus livros é o personagem maltrapilho e de olhar dissimulado se esgueirando pelas vielas dos mercados, pronto pra enfiar uma faca nas costas de alguém por qualquer motivo.
Era mais ou menos este o retrato que o autor fazia dos chineses e japoneses, também - um primor de correção política, enfim.
Que esta pequena crítica não desencoraje quem ainda não leu Tintin. Os livros são o máximo em aventura e ritmo, dá pra passar fácil por cima desses deslizes.

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