A palavra de hoje é: olíbano.
Já ouviram? É uma resina aromática usada desde a antigüidade pra fazer incenso - um dos presentes oferecidos pelos magos quando visitaram Jesus no seu nascimento (junto com ouro e mirra, lembram?). Em ingrêis chama-se frankincense, que não significa que tenha sido usado pelo Dr. Frankenstein pra dar vida à sua criatura, mas sim que foi re-introduzido na Europa pelos francos.
Pois isso era no passado, amiguinhos. Hoje o incenso que vocês queimam em suas casas vem quase todo da Índia, e não sofre regulamentação nenhuma pra ser trazido pra cá. Cada um põe o que quiser nele, inclusive substâncias tóxicas e cancerígenas, ao invés dos clássicos como gálbano, estoraque, onicha e o dito-cujo.
Pois a Pro Teste (Associação Brasileira do Consumidor) queimou as traquitanas de cinco marcas diferentes (indianas, of course - e em cuja embalagem não consta nem quem é o distribuidor brasileiro, pasmem) e descobriu que se você queimar um deles por dia é o equivalente a inalar a mesma quantidade de benzeno (altamente cancerígeno) presente em TRÊS CIGARROS.
Na mesma reportagem da Folha onde li isso há o depoimento de uma tonta, uma dessas pessoas odara que adoram ter "vivências", que disse:
"Estou surpresa. Acendo incensos diariamente há 20 anos no momento em que faço minhas preces no altar budista que tenho na sala. É uma forma de agradecimento às divindades e de limpeza energética."
Agradecimento. Divindades. Limpeza energética. Haha.
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