sexta-feira, maio 23, 2008


Dinheiro na mão é vendaval. Guardei um tanto pra trocar de carro, mas o carro não chegou - tem fila. Saí da fila e desencanei. Como vaticinou o Paulinho da Viola, ele não haveria de durar muito na minha mão. Pois já achei um fim: vou iluminar a frente e o quintal de casa, e depois mobiliar um tanto da sala, se der. Não vai sobrar nadica de nada, vai que nem água.
Sei muito bem o quanto me custa ganhá-lo, portanto essa conversa de decorador não me impressiona muito. Fui a uma loja bacana da cidade pra assuntar, mas não tenho vergonha de pechinchar e achar tudo um absurdo. A dona anda pra lá e pra cá carregando no colo um bichinho de pompom e fitinha, e fazendo ar de quem acha tudo entediante. Dou umas risadinhas pra ela, e sorrio quando ela fala de Milão, mas na hora de fazer orçamento é o bicho. Reclamo de tudo, ameaço ir embora e tal.
Não adianta muito, é claro, mas sempre acho uma alternativa mais baratinha pra algumas peças.
Mudando de assunto, hoje dei de cara com uma frase que meu cérebro já tinha se desprogramado pra ler: "Embarque nessa estação". Como naqueles anúncios de loja de roupa: "Moda outono-inverno das Casas Fulana: embarque..."
Devia ter seu diploma de publicitário rasgado quem ainda escreve uma tolice assim. A brincadeira estação do ano/estação de trem é tão sem graça, mas tão sem graça, que é inexplicável a maneira como sobreviveu por tantas décadas. E o resultado é que a gente olha, mas não vê. Ou até vê, dá uma raivinha na hora e a gente guarda o assunto pra por no blog depois.

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