Cheguei. Ei, que negócio é esse da 4 frota naval norte-americana invadir as águas territoriais brasileiras (e argentinas)? Vocês não vão falar nada? Que gente folgada esses gringos, viu. Ainda vão reclemar pra si nosso achado de óleo que tem lá longe embaixo do sal, escutem o que estou falando.
Comprei um negócio em spray que a dermatologista mandou e pus distraidamente na bagagem de mão, junto com a escova de dente e tal. Na hora de embarcar de volta, em Miami, aconteceu o óbvio: após o raio-X me chamaram num canto e revistaram a dita-cuja. Corei de vergonha quando vi aquilo lá, depois de passar por 500 avisos dizendo pra tirar. Como se não bastasse, ele também tirou de lá o shampoo, numa embalagem de mais de 100 ml (esse é o limite pra levar na bagagem de mão). Quando achei que já iria pra outra sala levar as quinhentas chibatadas e um banho de óleo fervente, o rapaz começou a me perguntar pra onde eu ia. Respondi que para o Brasil e então ele, com um sorriso maroto, falou "You know what? I'm gonna let these pass. Let's say it's all prescription medication." (entendi que se você tiver líquidos em aerossol ou em embalagens maiores, mas acompanhados de receita médica, então pode).
Perguntei, na falta de algo melhor pra falar na hora, se ele já tinha ido ao Brasil, e ele respondeu que não, mas "Oh, man, the women there..."
Não sei se fiquei feliz ou triste. Achei ótimo ter escapado de perder minhas coisas, é claro, mas se isso foi às custas de o cara ter achado um cúmplice pra uma malandragenzinha às custas de nossa fama de samba, suor e carnaval, then it's a mixed feeling.
Ah, e não usem "aerosol", ok? Acabei de aprender que é com dois "s".
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