sexta-feira, setembro 19, 2008

O Windows é a coisa menos previsível que existe. Depois de baixar um software, da Microsoft mesmo, pra corrigir o não funcionamento do protetor de tela quando se usa mouse sem fio nos laptops da Dell, a aparência das janelas do Windows mudou. Ele adotou sozinho um esquema de sons, daqueles idiotinhas que tocam quando você abre uma janela, fecha uma janela, executa um comando inválido ou levanta pra fazer pum. Trocou também o idioma, mas seletivamente - nunca se sabe que língua vai falar quando você abre uma janela. Pôs o Media Player no modo shuffle. Acho que abaixamos o Puck do Bill Gates sem querer.
Pero no hay problema, porque o Brasil vai bem. Fomos ao céu hoje e voltamos, como testemunha euforicamente o UOL. A Bolsa teve a maior alta em nove anos, e "Em dia histórico, dólar despenca". Histórico por que, raios? Vamos nos lembrar do dia de hoje como uma data cívica? Chamar um evento desses de histórico só reforça nossa subserviência, nossa vontade de andar por aí fazendo o sinal de "loser" com a mão sobre a testa.
Se é pra comemorar, façamos como o glorioso Ruru Santos, que escreveu na maravilhosa "Tudo Azul", que acabei de baixar - no Limewire, é claro:

"Tudo azul
Todo mundo nu
No Brasil
Sol de norte a sul
Tudo bem
Tudo zen meu bem
Tudo sem
Força e direção".

Não se sabe se ele fala com um otimismo desbragado e puro, se usa de sarcasmo ou se oscila entre os dois. Mas o efeito é ótimo.

Um comentário:

Patricia Scarpin disse...

Esse CD é todo bacana. Acho que foi Nelson Motta quem produziu.