Quando tinha a idade de vocês, li um livro chamado "Sugar Blues", que fez furor na minha geração, e que propalava os sombrios atributos do açúcar. Foi uma luta de que participei por um ano, ou sei lá quanto tempo. Lembro-me dos que eram próximos a mim torrando minha paciência, rindo e me desafiando a continuar minha quixotesca empreitada.
Engraçada a vida. Sofremos às vezes com dilemas (morais, ou ainda mais comezinhos) para os quais já temos a resposta, e mesmo assim nos dedicamos a sofrer por eles. Tornando isso mais claro: ainda tomo um bom cuidado com o que ponho na boca, mesmo tendo arrefecido na minha luta contra o açúcar, e evito carne vermelha como a peste. Mas não deixei de comer o Pata Negra, que achei ontem no Pão de Açúcar. Fui lá e comprei. E querem saber? Almocei agora o presunto com o pão do Olivier, que também comprei lá. Pão que apenas torrei e pus azeite em cima com o famigerado. Washed it down with wine, to top it off. Woe be me, acabei de comer carne vermelha de porco, o animal imundo dos judeus, e ainda CRUA - e com pimenta do reino, que também faz mal.
But that's life, and that's the way it is, e foi bárbaro.
3 comentários:
Faltam ainda uns meses pra eu fazer 30 anos, mas Sugar Blues fez parte da minha vida também, assim como muita literatura sobre ayurverda e alimentação de acordo com, e pra completar sou vegetariana com alguma aspiração vegana, e olha só... Ontem me acabei num pote de Nutella, daqueles onde está escrito “tamanho família”.
E sim, foi maravilhoso!
Euzinha, que não como carne vermelha, me acabei com jamón tipo o Pata Negra da outra vez que viajei.
Além disso, sempre olhei meio torto pra comida oriental - por puros desconhecimento e ignorância - e desta vez comi várias coisinhas novas. Fiquei apaixonada por dim sum. :D
ai que fome!
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