sexta-feira, outubro 27, 2006

Uia, aconteceu de novo. Descobri mais uma música que parece um mantra, e tenho ouvido sem parar. É hipnótica e circular; descobri que isso me dá uma segurança e tranquilidade incríveis.
Um músico alemão disse que "Repetition is the image of eternity in music". É um pouco pomposo, mas acho mesmo sublime a repetição. Tanto a mecânica e até monótona, de grupos como o eletrônico Throbbing Gristle, como a que evolui em camadas, com variações sutis, como de Philip Glass.
Frustra-me um pouco mostrar uma música dessas a um amigo, cheio de amor no coração, para logo ouvir a crítica: "Mas fica sempre na mesma coisa??"
O que nos faz tão diferentes? Estou verdadeiramente impressionado por esta última (que aliás se chama "Surround Me With Your Love(Edit)", de uma gente que se chama 3-11 Porter), mas tenho a aguda certeza que pouca gente partilharia agora de meu entusiasmo.
Não estão mais certos ou errados do que eu, só pensam de maneira diferente. É uma bênção e uma maldição que isso seja assim. Tão gratificante quando ocorre, mas tão raro.
É, estamos mesmo sozinhos durante boa parte do tempo.

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