segunda-feira, abril 23, 2007


Naquela marginal imunda - Pinheiros, I mean - há placas de "veados pulando na pista". Mais de uma, if you believe me. Não sei se a administração da cidade pôs as placas pra atrair os bichos, num flagrante caso de wishful thinking, ou se sofrem todos de algum delírio ecológico coletivo. Não é possível que no meio daquela carraiada, e caminhões soltando fumaça de diesel, resolvam aparecer tais bichos dando pulinhos sobre o asfalto, espremidos entre a raia da USP (outro esgoto a céu aberto, nem gosto de lembrar que já nadei naquilo há pouco tempo) e o rio morto.
Mas São Paulo é sempre uma alegria, mesmo com o trânsito desumano. Fiz uma romaria gastronômica pelo Figueira Rubayat (onde comi o melhor polvo de toda a minha vida), o Tordesilhas e o Gero. Neste último comi um papardelle com pato desfiado que não pode ser perdido. Nem gosto muito de pato, mas aquele estava demais. Tomamos vinho, todo mundo contou histórias da Itália - como bons paulistas, dos 8 presentes à mesa 7 tinham sobrenome italiano - e ficamos dando risada até o maître começar a rodear a mesa pra insinuar que precisava dela.
Continua tudo caro, tudo reluzente e apressado por lá. Um pouco assustador, mas vale a pena ir de vez em quando. Com um navegador por GPS, se possível. Se o tempo não estiver fechado (o satélite é meio temperamental, sabe como é...), você pode se embrenhar pelo centro da cidade com muito amor no coração, porque poderá contar com aquela voz amiga sussurrando ao seu ouvido: "Vire...à direita... a 100 metros".

Nenhum comentário: