Pensei que os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro fossem fadados ao fiasco logo na estréia. As notícias preliminares não eram boas: atrasos, suspeitas várias de corrupção, obras mal-feitas, com goteiras e vazamentos, etc. Mas além do que vimos pela TV, ontem ouvi um depoimento de um amigo que assistiu à cerimônia de abertura e disse que foi bárbaro. Pelo que tenho acompanhado pelo noticiário, parece que os jogos propriamente ditos também estão acontecendo sem problemas, e com tudo razoavelmente organizado.

Devo creditar então parte de meu ceticismo/pessimismo ao ataque da mídia (leia-se UOL), que não parou um minuto de agourar a coisa, traduzindo até artigos de jornais estrangeiros desancando nossa organização, como o do The Times inglês ontem.

Acho que está na hora de eu parar um pouco de ler as notícias desalentadoras sobre nossa terra, porque aquele desânimo que se abate sobre nós periodicamente, em ondas, parece que está chegando com força total nos últimos dias. Temo que não seja somente por variações da minha vida psíquica, mas principalmente por conta dos Roriz, Calheiros e outros canalhas que nos batem na cara com sua imoralidade e escárnio todo dia.

Pra variar um pouco, fui ler hoje um jornal norueguês bacana, e dei de cara com a notícia de um esquema enooorme de corrupção no sistema de táxis daquele país.

A coisa está tão preta que a desgraça dos outros agora me serve de alívio.