terça-feira, agosto 14, 2007


No último sábado fui a SP, ao Teatro Alfa. Não tinha idéia de como o lugar é bacana, fiquei vivamente impressionado. Todos os funcionários uniformizados e educadíssimos, lugar limpíssimo, uma lanchonete no foyer com comida boa e barata.
Fui assistir ao espetáculo novo de dança do Grupo Corpo, vejam só. Não sabia se gostaria muito da coisa, mas no final achei demáááss. A música é muitíssimo bonita, e a coreografia é inteligente e divertida. Na primeira parte do show, quero dizer - em que eles apresentaram uma peça dos anos 90. O propósito do espetáculo mesmo era mostrar, na segunda parte, a peça nova, chamada Breu, com música composta pelo Lenine. Modernos demais pra mim, a música e a dança.
O teatro estava lotado, e com gente famosa na platéia. Estaciona-se bem e barato bem em frente, a coisa não atrasou muito, e a platéia era atenta e educada. Uma grata surpresa, enfim.
Em determinados momentos alguém começava a dançar algo sozinho, e eu achava bonito.Mas quando um segundo bailarino (ou bailarina) se juntava ao primeiro e dançava igualzinho, aí sim a gente dava um sorriso de satisfação. A beleza dos movimentos parece que se multiplicava por dez.
Interessante, isso. O apreço pela simetria que temos embutido, entranhado em nós. E assistir a qualquer ação realizada de maneira exatamente igual por duas pessoas, como neste exemplo ou numa competição de nado sincronizado, nos provoca a sensação de beleza. Simetria, ou paralelismo, vira sinônimo de beleza.
Uma vez fui assistir a essa senhora indiana da foto dançar num teatro aqui de minha cidade. Ela é uma das maiores representantes da dança de seu estado natal, que fica no leste da Índia.
Durante uma boa parte do show ela dançou sozinha, e extasiou a todo mundo. Mas quando juntou-se a ela em cena uma discípula que começou a dançar igualzinho, pronto: a mágica estava completa. Se algum dia puderem vê-la, não percam: ela chama-se Madhavi Mudgal.
Em setembro vou assistir a um grupo japonês de butoh.
I'm unstoppable.

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