domingo, outubro 14, 2007


O cara que estava na minha frente no banco queria trocar uma nota destas, que estava rasgada em 2 partes, por outra novinha. Pffft. Disse que seu sobrinho a tinha rasgado no meio, e que ele era pequenininho e não sabia o que estava fazendo, e que ele (o marmanjo) precisava viajar aos EUA e precisava do dinheiro, e que sua avó morreu, e que o pneu furou, e que o gato subiu no telhado...
Engraçado como adicionamos coisas à nossa fala que no fundo SABEMOS que não são pertinentes e que não vão surtir efeito, mas a esperança...
Ando pouco tolerante com estas gorduras lingüísticas; é cada vez mais comum meus interlocutores ouvirem de mim: "Não foi isso o que eu perguntei", ou "O que é que isso tem a ver com o seu argumento?". Devo ser uma pessoa adorável de conversar.
O gordinho engravatado que foi chamado pra desempatar o assunto do dólar também não se comoveu com a ladainha, porque o cliente foi embora com o dinheiro em duas partes, sem choro nem vela.

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