quinta-feira, novembro 22, 2007

Na minha vida não há lugar para presságios. Tenho até um certo desprezo por essas "revelações" que as pessoas vêm compartilhar, dando detalhes sobre como as sentem no peito, e como nunca se enganam, etc. Revelação sobrenatural pra mim só a Bíblia, e eu a interpreto usando a razão, como ela própria aconselha.
Mas ontem a chefe do atendimento ao cliente do hospital onde minha mãe está (é uma funcionária antiga, e conhece minha família) veio me dizer que tem certeza que ela vai se recuperar, e que se fosse otherwise ela nem me diria nada.
Pajelanças aside, sou grato pelos bons sentimentos e pela torcida. Mas não me deixo levar um pingo por essas coisas "do além" - que são geradas aqui mesmo, pelas convoluções de nossa vida psíquica.
Posto isto, aqui vai mais um (presságio, quero dizer): o Chávez vai dar pobrema. Tive esta revelação como o primeiro pensamento que me acudiu hoje cedo, ainda deitado na cama, assim que abri os olhos. Certamente baseado no que li sobre ele ontem na Veja (que com sua agenda desavergonhadamente de direita fez de açoitá-lo um novo hobby).
Mas que vai, vai.
Esses caudilhos de nosso continente têm uma história mais ou menos comum: fazem algum barulho e passam, sem conseguir estabelecer seus ideais "revolucionários". Com este é diferente, porque o dinheiro é que move o mundo. E ele está sentado numa montanha do dito-cujo. E é tão louco, mas tão louco - como acho que nunca houve antes - que seu sonho de um bolivarismo transnacional vai causar um terremoto por aqui. Vai mesmo, ouçam meu gut feeling.
Já começou no Brasil, com o sapo barbudo cortejando seus mecanismos pseudo-democráticos para se manter indefinidamente no poder.
Que ninguém se engane: se o cara-de-pau do Lula não fizer o tal plebiscito pra se reeleger ainda mais uma vez não será por respeito à democracia, mas simplesmente para poder se candidatar daqui a algum tempo a mais OITO anos à frente do Executivo, e não a mais quatro agora.
Tantos anos de privações sociais e intelectuais lhe fizeram um mal irreparável. Sua sanha pela boa vida não vai acabar nunca.

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