quinta-feira, janeiro 24, 2008

Aquela indiaiada do Marilia ainda vai ter o que merece - em especial o vândalo do zagueiro Vinicius.
Hoje fui ao centro da cidade trocar meu título de eleitor na justiça eleitoral. No centrão mesmo. Com aquele povaréu de calça no meio da canela e sacola de plástico no braço. As moças, todas, com aquele creme sebento no cabelo. Os ambulantes bloqueiam a sua frente pra vender QUALQUER coisa. Na cara dos lojistas, que ficam de braços cruzados na soleira das portas junto à calçada, penso que vejo um grande desânimo, ou mau humor. Ou as duas coisas. Mas talvez eu esteja projetando o meu incômodo por estar lá.
Como é que alguém pode tirar daquele lugar o seu sustento, fazer daquilo seu meio de vida? Ir pra lá todo o dia, e lá ficar até escurecer? Eu contava os minutos pra voltar ao meu trabalho - que às vezes também me cansa profundamente, by the way.
Não estou dizendo nas entrelinhas que não gosto de cheiro de pobre ou nada do gênero, hein? Vê lá, não vão pensar algo assim. É que o lugar é árido mesmo. Pobre de conforto e de ordem. Um caos. Aquelas quatro ou cinco quadras acho que nem o Caeteno Veloso achava jeito de tornar poéticas - como fez com aquela famosa esquina em SP.

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