quarta-feira, janeiro 09, 2008


Quando fui ao Nepal, TODO caminhão tinha escrito no pára-choque, atrás, a palavra "TATA". Achei aquilo tão estranho, mas já estava achando tudo tão estranho que resolvi engolir mais esta dúvida porque já estava perguntando muito.
Um planeta muito parecido com o nosso é o Nepal, aliás.
Hoje sei, com a maturidade e a sabedoria dos anos, a resposta a essa titilante pergunta. Tata é o nome da graaaande empresa indiana que fabrica os ever-present caminhões por lá. E que, curiosamente, tinham também escrita em seus pára-choques a frase "Horn please". Um convite aos outros motoristas para que ajudem (tentem) a por ordem na selvageria que é o trânsito de lá.
Hoje a Tata anunciou (vi no UOL) que vai fabricar o carro mais barato do mundo, que vai custar apenas 2.500 dólis. Vai ter, entre outros mimos, apenas um limpador de pára-brisas, um porta-malas para uma pasta executiva e um motor "não muito mais potente que o de um cortador de grama".
These indians are so unstoppable that they are also on the verge of buying both Jaguar and Land Rover from Ford.
Hoje é o Dia do Fico, sabiam?
Ganha um beijo na boca quem ainda se lembrar do que se trata.
Pois bem, é o seguinte: os portugueses, pusilânimes, tinham fugido correndo de Napoleão e instalado a Corte aqui - viramos um Reino Unido, lembram?
Com o fim da era napoleônica o rei dom João 6 (não sei por o simbolinho de "sexto") literalmente voltou correndo a Portugal pra não perder o lugar, e deixou aqui seu filho como príncipe-regente.
Acontece que a elite política de lá queria rebaixar o Brasil, fazendo-o colônia novamente, e pressionavam dom Pedro a voltar também, planejando que ficássemos sob o governo de uma junta submissa a eles.
Políticos brasileiros, querendo fortalecer a posição do Brasil (num processo que culminou em nossa independência), entregaram uma lista de 8.000 assinaturas ao príncipe pedindo que ficasse, e ele ficou. Em 9 de janeiro de 1.822.

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