terça-feira, janeiro 22, 2008


Uia, o Heath Ledger morreu. Ainda outro dia postei a cara dele aqui caracterizado como o vilão no novo filme do Batman. Parece que morreu de overdose, com medicamentos "otc", ou "over the counter", ou seja, que se compra sem receita no balcão da farmácia.
Nunca entendi nuito essa história dos norte-americanos serem viciados em "pain killers" and such. Um fenômeno cultural, certamente. Ou os analgésicos deles são muito melhores do que os nossos, hoho. Mas não quero fazer piada com a morte alheia, realmente.
Há um parente dos crocodilos, que mora nos rios da Índia, chamado gavial, que também está morrendo. Misteriosamente. Sempre achei esse bicho o máximo. Why? Olhem para as suas mandíbulas.
Minha treinadora kicks ass. So much so, that todo mundo quer nadar com ela. Na briguinha de egos dentro do clube onde treino, deram-lhe apenas 3 raias da piscina pra treinar seus atletas. Hoje éramos 8 (O-I-T-O) em cada raia. Em cada uma das outras, no máximo 3 pessoas.
Divertimo-nos e treinamos sério all the same. Em parte porque tenho a sorte de treinar com boas pessoas, que também são bons atletas. Por falar nisso, você faltou de novo, Guilherme. Depois não sabe porque está gordo.
Hoje o Sebastian - que é só o campeão do Troféu Brasil de triatlo de 2007 de sua categoria, entre inúmeros outros títulos, e ainda assim humilde e amigo de todos, fez um hematoma na mão numa trombada acidental com alguém. Eu cortei a mão da Leninha em outra. Também dei uma podada no Fábio, e fui atropelado pela Talita. Sabe como reagimos a tudo? Galhardamente, com pedidos de desculpas, entre tapinhas nas costas e risadas.
Graças a Deus pelas boas pessoas que Ele pôs em contato comigo, em sua misericórdia. Pessoas de carne e osso, como os amigos de hoje e de outrora, como os que fiz durante a residência médica no final da década de 80 no HC da USP.
Sei que não vai significar muito para vocês, mas preciso deixar registrados aqui alguns nomes - e se vocês tiverem a ventura de encontrá-los algum dia, saibam que eles me salvaram naquela época, mostrando-me claramente o caminho que eu devia seguir quando eu estava perdido. São todos grandes médicos, como eu supunha que seriam: a Araci Sakashita, do grupo de transplante de medula, e seu marido Fernando; o André Montagnini, um dos maiores cirurgiões de barriga que alguém pode encontrar; A Márcia Carmignani, que sabe como ninguém mais intrepretar um exame de neuro-imagem, por mais sofisticado e difícil que seja; a Mariângela Pimentel, que é a melhor pneumologista que alguém pode ter.
E mais tantos outros, que aquela grande escola formou.
E pessoas que são um pouco mais virtuais em minha vida, mas que sei que o bom Deus também agraciou com bondade, inteligência e respeito pelos outros: A Lilian, a Andrea, o Luis, a Patricia e seu marido João, a Malu. A Bia, minha leitora fiel que andava meio sumida...
Obrigado pela paciência que tiveram ao ler esse rol de gente que não conhecem, mas eu realmente precisava dizer estas coisas. Façam o mesmo, lembrem-se de quem fez/faz bem a vocês, e pensem no que eles lhes ensinaram até hoje. É algo assombroso, realmente.

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