sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Acabei de receber um imêiol de um amigo sobre o perrengue da TV digital. Um filminho com locução de repente nordestino, que nos conclama a "resgatar a cidadania", formar uma "programação inclusiva" e desfazer o "monopólio do empresariado". Ô meu pai, que canseira. Dessa mania de chamar os exploradores de "eles", ao contrário de "nós", o povo sem mácula. De denunciar a opressão, de exaltar as mazelas das barrigas cheias de vermes dos bons selvagens. Nossa, pareço o Jabor. Mas vamos lá. Conheço essa gente há tempo suficiente pra saber que gostariam, sem exceção (e como o resto da raça humana) de estabelecer a SUA ditadura - de idéias, de sua versão de "cidadania" ou do que quer que seja - no minuto em que ganhassem um tiquinho de poder. As coisas caminham do jeito que vão mesmo, em espasmos, regidas por um mínimo de bom senso, só submissas de verdade à única coisa que faz este mundo rodar (por enquanto): o dinheiro.
Eu achava um tanto romântico esse esquerdismo sonhador, mas agora só acho anacrônico e pernicioso. Repudio tanto como qualquer bom brasileiro essas coisas que o vídeo denuncia, mas o infantilismo de seu discurso já encheu até a tampa.

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