sábado, julho 28, 2007


Minha prima estava me mostrando the other day como gosta de ter sempre sua unhas bem-feitas, manicuradas. Mostrou-me as unhas com o esmalte clarinho, perfeitinho. E a indefectível borda rosada e edemaciada da cutícula em todos os dedos, que foi arrancada fora por sua torturadora - ops, manicure.
Vocês, queridas leitoras, já sabem que ARRANCAR fora a cutícula com um alicate inflama a pele na base da unha, então não vou me demorar aqui falando o óbvio (ululante, como diria Nelson rodrigues). E me dirão que um pequeno sacrifício paga a beleza, e que nós homens também raspamos a cara com uma gilete todo dia, etc. It may all be true, mas:
1) Fazer a barba, por exemplo, não nos torna tão vulneráveis a infecções bacterianas e virais de toda sorte.
2) Fazer a barba - pra ficar no mesmo exemplo - is not horribly friggin' painful and disgusting como tirar a cutícula. Sei disso porque conheci uma enfermeira há alguns anos que queria fazer um bico, e decidiu-se pela nobre arte de arrancar as pontas dos dedos dos outros. Ela fazia bem suas próprias unhas, mas precisava ter a experiência de fazê-lo em someone else's fingers. Pois foram os meus, claro. Não perdi nenhum "bife", mas enquanto ela trabalhava eu sentia uma aflição horrível. É uma tortura, e eu puxava minha mão de volta a todo instante, enquanto ela forçava meu braço em direção a ela de novo. O movimento que se faz é complexo, e involve arrancar a pele, e não somente cortá-la com o alicatinho. Não me surpreenderia se tivesse que ser torcida também.
Sua carreira de manicure não deslanchou, até porque ela foi estudar Filosofia depois. Mas quero crer que não tive nada a ver com a decisão.

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